Derrota por 2 a 0 dificulta as chances do primeiro título estadual do Icasa, que terá de correr atrás do prejuízo fora de casa. Partida no Romeirão escancarou de vez os problemas técnicos e táticos do time de Juazeiro do Norte
A casa tava cheia, mas as bolas murcharam antes da hora, o bolo azedou e os convidados de fora é que comemoraram. As festividades dos 45 anos do Icasa acabaram se transformando em muita tristeza. A torcida tentava acreditar na força do grupo, que foi eliminado de maneira vexatória da Copa do Brasil e fez um segundo turno entre altos e baixos. Um mês depois, a derrota por 2 a 0 para o Fortaleza e um péssimo futebol em campo escancaram os problemas técnicos e táticos do Verdão do Cariri, ontem, no Romeirão, em Juazeiro do Norte. Agora, as chances de conquistar o título no próximo domingo ficaram bem menores. O time precisa de uma vitória no tempo normal no Castelão, para forçar a realização de uma prorrogação .
O técnico do Fortaleza, Heriberto da Cunha, ao contrário do esperado, escalou Dude para atuar no meio, no lugar de Leandro, expulso na última partida, contra o Horizonte. Já Lúcio entrou no ataque, ao lado de Rômulo. Play Freitas, treinador do Icasa, mesmo sabendo da obrigação de vencer em Juazeiro, optou por uma formação com três volantes - Jonas, Pepo e Tony, ao deixar Clodoaldo no banco. A justificativa era liberar Serginho para se aproximar mais dos atacantes Wanderley e Marciano. Sinal de que algo estava errado na organização tática do grupo.
E nem precisou de muito tempo para o fracasso da festa. O "cartãozinho" de felicitações foi entregue por Paulo Isidoro, que mais parecia um "menino" em campo - de tanto que correu em campo. Ele apenas escorou cruzamento da esquerda, para abrir o placar em Juazeiro, aos dois minutos de jogo. Era tudo o que os "intrusos" da festinha precisavam. Foi só manter a marcação forte para desestabilizar o fraco time do Icasa.
As chances da equipe de Play Freitas, por incrível que pareça, só eram criadas em contra-ataques. Situação que logo deixou a torcida impaciente nas arquibancadas, que começou a gritar o nome de Clodoaldo. Em alguns instantes, a partida mais parecia uma pelada de fim de semana ou feriado. A bola não parava no chão, num show de chutes para o alto no meio de campo. E a zaga do Icasa estava visivelmente nervosa. Já o time, no geral, sentia a falta de ritmo após um mês sem atuar numa partida oficial.
A diferença de vontade era gritante entre as equipes. Enquanto o Verdão marcava com apenas um jogador, o Fortaleza apertava a marcação com dois e até três jogadores. Daí foi um estalar de dedos para os donos da casa começarem a errar passes primários. O primeiro tempo terminou com muitas vaias para o time juazeirense.
Na segunda etapa, o Icasa voltou com Clodoaldo. O que não significou uma melhoria. O Fortaleza, mais recuado, permitiu o avanço do adversário, que atua mais na raça do que na técnica. A torcida até que se animou nos 20 minutos iniciais. Mas foi só. O cartão foi entregue por Paulo Isidoro. O presente de grego veio aos 26 minutos. O tricolor armou boa jogada pela direita. Dentro da área, Simão apenas escorou para Osvaldo, que entrou no lugar de Lúcio, chutar colocado no canto direito do goleiro Douglas. Foi o primeiro gol dele com a camisa do Leão.
Imediatamente, muitas pessoas começaram a sair do Romeirão, enquanto começam os gritos de "timinho" e uma chuva de objetos no gramado, vinda da torcida do Icasa. O árbitro Almeida Filho paralisou a partida aos 28 minutos. Foram 10 minutos de inatividade em campo. Do outro lado do alambrado, polícia e torcida se enfrentam, com direito a bombas de efeito moral e sprays de pimenta. Até o goleiro Douglas, cheio de moral com a torcida, foi implorar para que a chuva de objetos cessasse. A confusão ainda rolava quando o jogo foi reiniciado.
O clima de pancadaria que rolava nas arquibancadas contagiou os jogadores do Icasa. Cleiton Mineiro foi expulso aos 45 minutos, após entrada violenta e por trás em Osvaldo. As equipes ainda criam boas chances de gol, mas ninguém mais olhava para o campo. A partida foi encerrada aos 56 minutos.
ESTADUAL
ICASA 0
Douglas, Gilberto Matuto, Thiago, Cleiton Mineiro e Marcelo (Chiquinho); Jonas, Pepo (Clodoaldo), Toni e Serginho; Wanderley (Isaac) e Marciano. Técnico: Play Freitas
FORTALEZA 2
Tiago Cardoso, Vitor, Juninho e Preto; Simão, Erandir, Dude (Rogério), Paulo Isidoro e Márcio Azevedo (Guto); Lúcio (Osvaldo) e Rômulo. Técnico: Heriberto da Cunha
Local: estádio Romeirão, em Juazeiro do Norte
Data: 01.05.2008
Renda: R$ 79.827,50
Público: 11.092 (7.572 pagantes)
Árbitro: Almeida Filho
Auxiliares: Carlos Feitosa e Thiago Brígido
Gols: Paulo Isidoro, aos 2 do 1ºT, e Osvaldo, aos 26 do 2ºT
Cartões amarelos: Isaac (Icasa), Simão e Márcio Azevedo (Fortaleza)
Cartão vermelho: Cleiton Mineiro (Icasa)
A casa tava cheia, mas as bolas murcharam antes da hora, o bolo azedou e os convidados de fora é que comemoraram. As festividades dos 45 anos do Icasa acabaram se transformando em muita tristeza. A torcida tentava acreditar na força do grupo, que foi eliminado de maneira vexatória da Copa do Brasil e fez um segundo turno entre altos e baixos. Um mês depois, a derrota por 2 a 0 para o Fortaleza e um péssimo futebol em campo escancaram os problemas técnicos e táticos do Verdão do Cariri, ontem, no Romeirão, em Juazeiro do Norte. Agora, as chances de conquistar o título no próximo domingo ficaram bem menores. O time precisa de uma vitória no tempo normal no Castelão, para forçar a realização de uma prorrogação .
O técnico do Fortaleza, Heriberto da Cunha, ao contrário do esperado, escalou Dude para atuar no meio, no lugar de Leandro, expulso na última partida, contra o Horizonte. Já Lúcio entrou no ataque, ao lado de Rômulo. Play Freitas, treinador do Icasa, mesmo sabendo da obrigação de vencer em Juazeiro, optou por uma formação com três volantes - Jonas, Pepo e Tony, ao deixar Clodoaldo no banco. A justificativa era liberar Serginho para se aproximar mais dos atacantes Wanderley e Marciano. Sinal de que algo estava errado na organização tática do grupo.
E nem precisou de muito tempo para o fracasso da festa. O "cartãozinho" de felicitações foi entregue por Paulo Isidoro, que mais parecia um "menino" em campo - de tanto que correu em campo. Ele apenas escorou cruzamento da esquerda, para abrir o placar em Juazeiro, aos dois minutos de jogo. Era tudo o que os "intrusos" da festinha precisavam. Foi só manter a marcação forte para desestabilizar o fraco time do Icasa.
As chances da equipe de Play Freitas, por incrível que pareça, só eram criadas em contra-ataques. Situação que logo deixou a torcida impaciente nas arquibancadas, que começou a gritar o nome de Clodoaldo. Em alguns instantes, a partida mais parecia uma pelada de fim de semana ou feriado. A bola não parava no chão, num show de chutes para o alto no meio de campo. E a zaga do Icasa estava visivelmente nervosa. Já o time, no geral, sentia a falta de ritmo após um mês sem atuar numa partida oficial.
A diferença de vontade era gritante entre as equipes. Enquanto o Verdão marcava com apenas um jogador, o Fortaleza apertava a marcação com dois e até três jogadores. Daí foi um estalar de dedos para os donos da casa começarem a errar passes primários. O primeiro tempo terminou com muitas vaias para o time juazeirense.
Na segunda etapa, o Icasa voltou com Clodoaldo. O que não significou uma melhoria. O Fortaleza, mais recuado, permitiu o avanço do adversário, que atua mais na raça do que na técnica. A torcida até que se animou nos 20 minutos iniciais. Mas foi só. O cartão foi entregue por Paulo Isidoro. O presente de grego veio aos 26 minutos. O tricolor armou boa jogada pela direita. Dentro da área, Simão apenas escorou para Osvaldo, que entrou no lugar de Lúcio, chutar colocado no canto direito do goleiro Douglas. Foi o primeiro gol dele com a camisa do Leão.
Imediatamente, muitas pessoas começaram a sair do Romeirão, enquanto começam os gritos de "timinho" e uma chuva de objetos no gramado, vinda da torcida do Icasa. O árbitro Almeida Filho paralisou a partida aos 28 minutos. Foram 10 minutos de inatividade em campo. Do outro lado do alambrado, polícia e torcida se enfrentam, com direito a bombas de efeito moral e sprays de pimenta. Até o goleiro Douglas, cheio de moral com a torcida, foi implorar para que a chuva de objetos cessasse. A confusão ainda rolava quando o jogo foi reiniciado.
O clima de pancadaria que rolava nas arquibancadas contagiou os jogadores do Icasa. Cleiton Mineiro foi expulso aos 45 minutos, após entrada violenta e por trás em Osvaldo. As equipes ainda criam boas chances de gol, mas ninguém mais olhava para o campo. A partida foi encerrada aos 56 minutos.
ESTADUAL
ICASA 0
Douglas, Gilberto Matuto, Thiago, Cleiton Mineiro e Marcelo (Chiquinho); Jonas, Pepo (Clodoaldo), Toni e Serginho; Wanderley (Isaac) e Marciano. Técnico: Play Freitas
FORTALEZA 2
Tiago Cardoso, Vitor, Juninho e Preto; Simão, Erandir, Dude (Rogério), Paulo Isidoro e Márcio Azevedo (Guto); Lúcio (Osvaldo) e Rômulo. Técnico: Heriberto da Cunha
Local: estádio Romeirão, em Juazeiro do Norte
Data: 01.05.2008
Renda: R$ 79.827,50
Público: 11.092 (7.572 pagantes)
Árbitro: Almeida Filho
Auxiliares: Carlos Feitosa e Thiago Brígido
Gols: Paulo Isidoro, aos 2 do 1ºT, e Osvaldo, aos 26 do 2ºT
Cartões amarelos: Isaac (Icasa), Simão e Márcio Azevedo (Fortaleza)
Cartão vermelho: Cleiton Mineiro (Icasa)
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