
Ressurreição. Ato de ressurgir ou reaparecer vivo depois de ter morrido. No sentido religioso, o milagre maior. Significado semelhante para os tricolores no sentido da esperança. Neste domingo, os torcedores do Santa Cruz viverão a provação da fé. A crença no improvável de que, na tarde deste domingo, o "Terror do Nordeste" vai enterrar o seu passado recente de vexames e evitar a vergonhosa eliminação precoce da Série D. Crença de que, contra o CSA, o Arruda vai ser o palco do milagre da classificação. O jogo começa às 16h.
Milagre pelo retrospecto recente no time. Imaginar a combinação de uma vitória do Central sobre o Sergipe, em Aracaju, com o triunfo tricolor sobre o CSA, no Arruda, seria normal em outras circunstâncias. Mas a realidade tricolor criou um ambiente nebuloso. O torcedor não sabe mais o que esperar de um time que em três jogos transformou uma classificação fácil em "causa impossível". Equipe que perdeu a confiança e a autoestima. Equipe que se entregou ao desespero.
A prova está no desânimo dos atletas. Mais do que treinos técnicos e táticos, o comandante Márcio Bittencourt apelou para a conversa durante a semana. Queria, talvez, conscientizar os jogadores sobre como serão piores as consequências de uma elimação caso o time sequer consiga cumprir a sua parte no milagre. É penoso admitir, mas para o Santa Cruz vencer o CSA, rebaixado no campeonato alagoano, tornou-se difícil.
Isso porque, além das próprias limitações técnicas, o time pernambucano vai enfrentar um adversário motivado, em ascensão no campeonato. O CSA começou mal, perdendo para o Tricolor em casa e emendando uma sequência de três empates. Estaria eliminado não fosse a surpreendente vitória por 2 x 0 sobre o Sergipe, que bateu o Santa Cruz duas vezes na competição. Chega, portanto, vivo na última rodada, com chances matemáticas de avançar.
Diretoria - O desânimo dos atletas e da torcida foi disfarçado pelos dirigentes corais com "trabalho". Na figura do presidenteFernando Bezerra Coelho, a cúpula coral anunciou uma série de medidas para tentar salvar o clube. Solicitou árbitros do quadro principal para os dois jogos decisivos. Pediu auxílio ao presidente da Federação Pernambucana de Futebol (FPF), Carlos Alberto Oliveira, para acompanhar de perto o outro jogo do grupo.
Foi além do extracampo. Contratou o atacante Paulo Rangel, do Salgueiro, para resolver o problema ofensivo. Ofereceu prêmio ao Central para vencer o Sergipe e clamou pelo apoio da torcida. Atitudes que representam a tentativa de corrigir, em uma semana, os erros de uma temporada. Uma forma de não "jogar a toalha". De tornar possível o milagre da classificação.
Santa Cruz
Gustavo; Marcos Tamandaré, Alex Xavier, Leandro Camilo e Marquinhos; Anderson, Alexandre Oliveira, Neto Maranhão e Leandro Gobatto; Juninho e Paulo Rangel. Técnico: Márcio Bittencourt.
CSA
Heverton; Juninho Caiçara, Thiago Messias, Selmo Lima e Rafael; Marcílio, Anderson, Piá e Marco Antônio; Harley e Serginho Baiano. Técnico: Celso Teixeira.
Local: Arruda. Horário: 16h. Árbitro: Gutemberg de Paula Fonseca (RJ). Assistentes: Luciano José Coelho Cruz (PE) e Elan Vieira de Souza (PE). Ingressos: R$ 5 (arquibancada superior e meia-entrada), R$ 10 (arquibancada inferior, dependentes de sócio e conselheiros) e R$ 30 (cadeiras de aluguel).
Possibilidades
Classificados: Santa Cruz e Central
- Os times pernambucanos só avançam juntos no caso de vitória dupla: do Santa Cruz sobre o CSA e do Central sobre o Sergipe. Não importa a diferença de gols.
Classificados: Central e CSA
- O Central se classifica com o empate ou a vitória. Avançará junto com o CSA caso o resultado seja combinado com vitória alagoana no Arruda.
Classificados: Central e Sergipe
- A possibilidade está restrita ao caso de empate ou vitória do Sergipe combinada com vitória do Santa Cruz ou empate diante do CSA.
Classificados:
Sergipe e CSA
- Os dois times precisam vencer os pernambucanos. No caso do CSA, é necessário ainda inverter a vantagem de saldo da Patativa, que é atualmente de 2 para -1.
Diario de Pernambuco
0 comentários:
Postar um comentário