Titular no Vitória não reclama, mas quem está fora demonstra insatisfação. É óbvio que todo mundo quer espaço, porém Vágner Mancini só pode escalar 11 atletas e relacionar mais sete no banco de reservas. Ex-jogador, o técnico sabe o desconforto de ficar fora, mas dá o recado, provocador: “O atleta não pode se rebelar, mas tem que ficar incomodado”.
Carlos Alberto foi contratado para ser titular no Brasileiro, mas até hoje não estreou. Mancini observa o ex-jogador do Bahia mais adaptado à função de ala, diferente de Marco Aurélio, seu atleta no Paulista. “É ruim ficar na situação que estou, pois vim para jogar e não estou sendo aproveitado”, admitiu.
E o que diria Leandro Domingues, que, insatisfeito no Cruzeiro, brigou com o técnico Adilson Batista justamente por estar na reserva? “Jogar é sempre importante e é isso que aguardo. Fiquei duas semanas treinando intensamente, estou em forma e a expectativa é ajudar o time. Briguei no Cruzeiro porque o técnico não foi correto comigo”, criticou, indicando diferencial.
Maior investimento para o Brasileiro, Rafael foi ala e meia no Vitória da Conquista. No Vitória, foi aproveitado, no banco de reserva, contra o Figueirense, em conseqüência das contusões de Ramon, Rodrigão e Marquinhos. Humilde, argumenta ser paciente. “Espero com tranqüilidade. Leandro Domingues, conhecido nacionalmente, está na fila e deve ser aproveitado antes de mim. O campeonato é longo e todo mundo vai jogar”, acredita.
Rodrigão, vice-artilheiro rubro-negro no Baianão, e Ramon Menezes, destaque no bicampeonato, foram titulares no início do Brasileiro, contra o Cruzeiro e Sport. Por contusão, não enfrentaram o Figueirense. Ricardinho e Dinei entraram, fizeram gols e foram efetivados contra Ipatinga, Santos e Coritiba.
Ramon não esconde o descontentamento. Titular ao longo da carreira, o “Reizinho do Barradão” jamais pensou ser reserva com Mancini. “Não esperava, infelizmente. Incomodado estou, sim, porém continuarei trabalhando muito. Respeito o procedimento do treinador, tenho contrato até dezembro e não penso em sair”. O discurso de Rodrigão não é diferente. O marido de Hortência, ex-cestinha da seleção de basquete, por exemplo, interessa ao Atlético-MG, por indicação do técnico Gallo. “Estou até surpreso com esse boato. Trabalho para voltar o mais breve possível e ficar até o final do Brasileiro”, desconversou.
O técnico faz, à tarde, o primeiro coletivo da semana. E já deu a dica: vai fazer muitas observações, inclusive com Domingues e Ramon Menezes. “Posso contra o Internacional repetir o time que empatou com o Cruzeiro, apenas com Ney no lugar de Víafara (suspenso), como mexer em algum setor da equipe. Não devo antecipar”, despistou.
Fonte: Correio da Bahia.
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