domingo, março 08, 2009

(Pernambuco) - Sport com a mão na vaga.

Na Libertadores são raros os casos de um time que larga com duas vitórias e não consegue a classificação à fase seguinte do torneio. É de uma em 11 a chance do Sport não conseguir a sua classificação às oitavas-de-final da Libertadores.

A projeção é baseada na história. Dificilmente quem consegue duas vitórias nas duas rodadas iniciais da fase de grupos é eliminado. Neste século, o bom começo resultou em classificação em 30 oportunidades. Apenas três clubes "conseguiram" somar seis pontos nas duas primeiras rodadas e não avançar: o Vélez Sarsfield-ARG, em 2001, o América de Cali-COL, em 2005, e o Caracas-VEN, no ano passado.

Casos isolados que servem apenas alertar o Leão. O problema dos três times esteve relacionado ao aproveitamento do mando de campo. Sofreram eliminações doloridas. A pior delas protagonizada pelo América de Cali, da Colômbia. O time venceu os três primeiros jogos. Tinha nove pontos, cinco de vantagem sobre o Atlético-PR, segundo colocado - o Libertad-PAR somava três pontos e o Indepiendente-COL um. A classificação era dada como certa. Veio a derrocada.

Nos três jogos seguintes, o América não somou um ponto sequer. Perdeu para o Atlético-PR na Baixada, resultado que pode ser considerado normal e nem mesmo lhe tirou a liderança do grupo. Na Colômbia, na rodada seguinte, caiu diante do Independiente. Não era mais líder. Mesmo assim dependia apenas de uma vitória em casa sobre o eliminado Libertad. Perdeu por 1 x 0. Acabou um ponto atrás do Independiente-COL e Atlético-PR.

Situação semelhante passou o Vélez. O time estreou na competição com vitória sobre o Universitário-PER, em Lima. Na Colômbia, bateu o Atlético Júnior. Sofreu duas derrotas na sequencia, para o Rosario Central e na partida de volta contra o Atlético - as duas com mando de campo adversário. Tinha a vantagem de disputar os últimos dois jogos em seu estádio. Venceu o Universitário, mas perdeu para o Rosario. Terminou um ponto atrás do time colombiano e fora da segunda fase.

O caso do Caracas tem uma particularidade. A equipe venezuelana disputou os seus dois primeiros jogos em casa. Fez valer o mandode campo e venceu San Lorenzo-ARG e Real Potosí-BOL. Em seguida perdeu para o Cruzeiro, em Minas Gerais. Em casa, empatou com o time mineiro na Venezuela e perdeu para o Real Potosí na Bolívia. Disputou a segunda vaga do grupo com o San Lorenzo, na Argentina. Perdeu por 3 x 1 e saiu da disputa da Libertadores.

Coincidência - A proporção é menor, mas cabe no sonho rubro-negro. De 2001 a 2004, os campeões da Libertadores foram equipes que começaram bem a competição, emplacando pelo menos duas vitórias nas rodadas iniciais. Em 2001, o Boca Júniors venceu nas cinco primeiras rodadas. No ano seguinte foi a vez do Olimpia-PAR começar com duas vitórias e terminar com a taça. Em 2003, outra boa sequência do Boca Juniors, com três vitórias seguidas do início e o título no final do torneio. O colombiano Once Caldas começou vencendo as duas primeiras em 2004 e terminou com o título.

Fonte: Diario de Pernambuco.

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