quinta-feira, maio 15, 2008

(Baiano) - Bahia revela estado de penúria.

Através do site oficial, www.eusoubahia.com.br, o Bahia revelou ontem os números oficiais de público e renda da campanha do clube nos quatro primeiros meses deste ano, na disputa do Campeonato Baiano. O quadro revela a situação de penúria financeira que o clube baiano atravessa, conseqüência da perda do mando de campo em conseqüência da tragédia de 25 de novembro de 2007 no estádio da Fonte Nova, levando o time à condição de "cigano", sem o apoio fundamental da sua torcida e das arrecadações de bilheterias.

No texto da matéria, assinada pelo assessor de imprensa, Jayme Brandão, o Bahia diz que teve que enfrentar um duro adversário, que foi a baixa arrecadação nas bilheterias. "Manter o elenco e funcionários em dia com seus salários foi uma batalha árdua, haja vista que das rendas de 16 partidas, com mando de campo do Bahia, o clube ficou com pouco mais de R$ 180 mil", diz a matéria.

Com um saldo de apenas R$ 180 mil em quatro meses, o Bahia não teve como, sequer cobrir os custos com hospedagem e transporte dos times profissional e júnior, somados a pagamentos de serviços obrigatórios em uma partida de futebol, como ambulância e segurança, despesas de aproximadamente R$ 144 mil.

"Com esta diferença de R$ 36 mil já seria suficiente para concluir que os primeiros meses de 2008 estão sendo de grande prejuízo. Porém, os custos com pagamento de salários de atletas e funcionários, aluguel de apartamentos, passagens aéreas, despesas médicas, acordos trabalhistas, alimentação, água, luz, telefone tornariam este valor ainda maior, assustando do mais ao menos conceituado administrador de empresas".

Em 16 partidas realizadas nos mandos de campo, o Bahia teve a arrecadação bruta de R$ 673.413,00. Com os custos operacionais para a realização de uma partida de futebol, taxas como INSS, ISS, aluguel de estádio, taxa de arbitragem, policiamento, confecção de ingressos, taxas da FBF e quadro móvel, o clube arrecadou R$ 315.506,54, com a média de apenas R$ 19.719,15 por partida. Sem poder contar com a Fonte Nova, o clube passou a conviver com públicos inferiores a cinco mil torcedores, realidade bem diferente das bilheterias da Série C de 2007, quando a torcida tricolor manteve uma média de 40 mil torcedores por partida.

No sábado, na estréia da Série B, quando o clube cumpriu a primeira partida de punição, dos sete mandos de campo com portões fechados, imposta pelo STJD, no Estádio Alberto Oliveira, em Feira de Santana, o Bahia teve o prejuízo de R$ 9.200,24, entre as taxas de jogo e transporte. Amanhã, o STJD da CBF julga o recurso do Bahia, o processo 281/2007, contra a decisão da 2ª Comissão Disciplinar que puniu o clube com a perda de sete mandos de campo e multa de R$ 80 mil, em conseqüência da tragédia de 25 novembro na Fonte Nova.

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