sexta-feira, agosto 17, 2007

Artilheiro Nonato mantém regularidade no time do Bahia

Nonato desandou a marcar gols e agora soma nove – número que lhe garante a artilharia isolada da terceirona. Até aí, tudo bem. Obrigação de centroavante competente. É a regularidade que impressiona. O atacante passou em branco nas duas primeiras rodadas da Série C do Brasileiro e, daí em diante, emendou um gol no outro sempre que esteve em campo. Recesso apenas nas vitórias do Bahia por 2x0 sobre o América-SE e 3x0 diante do Atlético-PB, quando esteve suspenso.

A média é de 1,5 gol por jogo. Se a estatística for mantida, o torcedor que prepare a garganta para gritar “Uh, terror, o Nonato é matador”. Desconsiderando a hipótese de uma eliminação antes do octogonal decisivo, o Bahia tem outros 24 jogos pela frente. E a manutenção da média atual colocaria outros 36 gols na conta do atacante. Ou seja, Nonato terminaria o Brasileiro com 45 gols marcados.

É óbvio que tudo não passa de possibilidade remota. O centroavante tricolor está sujeito a lesões, suspensões e a uma provável queda de rendimento à medida que a competição afunila. Mas vale lembrar que Sorato – aquele mesmo do “Uh, terror, o Sorato é matador”, atualmente no rival Vitória –-, não passou dos 16 gols quando se sagrou artilheiro da Série C em 2006.

Nas 31 partidas que disputou, sua média foi de aproximadamente 0,5 gol. O comparativo simples é ainda mais interessante.
Sorato precisou de 12 jogos para chegar aos nove gols. Nonato, de apenas seis. É importante ressaltar que os números só têm efeito comparativo teórico, já que não levam em conta questões importantes, como qualidade técnica dos times do Bahia em 2006 e 2007 ou dos adversários nas duas temporadas.

Muito mais interessado no prestígio que os gols lhe traz, Nonato segue engordando as medidas com a camisa do Bahia. Com os nove gols somados na terceirona, atingiu 115, apenas um menos que Alencar – oitavo na lista histórica de artilheiros do clube. Mas para manter o ritmo de cálculos, não custa somar os fictícios 36 gols que sua atual média lhe proporcionaria até o final da Série C.

Seguindo a linha, o atacante terminaria o ano com 151, na quarta posição entre os goleadores tricolores de todos os tempos. Fartos 11 gols à frente de Uéslei e apenas três atrás de Hamilton. Ainda assim, bem distante dos ídolos Douglas e Carlito, que balançaram as redes 211 e 253 vezes, respectivamente. É esperar para ver.

Time - O grupo tricolor também acumula números invejáveis. A defesa sofreu apenas um gol em oito partidas e o time ostenta invencibilidade de oito partidas, com sete vitórias consecutivas. O ataque é o mais positivo da segunda fase – oito gols em duas partidas. Empolgado com o desempenho na vitória por 5x0 sobre o Linhares-ES, o técnico Arturzinho espera manter a linha e colocar a equipe bem próxima da classificação antecipada à terceira fase da Série C.

Basta vencer o Nacional de Patos-PB, às 17h de domingo, na Fonte Nova. Os paraibanos ocupam a segunda posição no Grupo 19, com os mesmos seis pontos do Bahia, mas cinco gols a menos no saldo. Para a partida decisiva, o time contará com o retorno do zagueiro Eduardo e do lateral-esquerdo Adilson, livres de suspensão. O goleiro Sérgio e o lateral-direito Luciano Baiano treinaram normalmente com o grupo ontem pela manhã e já podem ser relacionados.

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GOLS DE NONATO

América-SE 0x1 Bahia (18/07) – 1 gol

ASA-AL 0x4 Bahia (29/07) – 3 gols

Bahia 2x1 Confiança-SE (05/08) – 2 gols

Bahia 5x0 Linhares-ES (15/08) – 3 gols

Correio da Bahia

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