Quem recorda 2006 e 2007? Viagens para Rio Branco, Manaus, Patos e Propriá; arbitragem do Piauí, Pará e Amazonas; contêiner adaptado como vestiário no estádio do Linhares; sobretudo, ausência de televisão, patrocínio, publicidade ou visibilidade. A temporada 2008 insiste em manter o Bahia na Série B, mas o clube parece se esforçar para reviver a 'era das trevas' na Série C 2009.
O time passou o Brasileiro 'pregado' no miolo da tabela. Com alguma variação, foi 10º colocado a maior parte das 33 rodadas disputadas até aqui. Caiu para 12º apenas ao custo de três derrotas consecutivas: Corinthians, São Caetano e Bragantino - os paulistas não são mesmo o forte tricolor. Mas engana-se quem acredita que a situação está sob controle.
'O alerta está ligado e só vamos desligar quando o time sair dessa', garante o volante Fausto, ciente de que os seis pontos à frente da zona de rebaixamento não transmitem a tranqüilidade necessária. Na verdade, outros três ou quatro pontos nas últimas cinco rodadas colocam o clube fora do risco de queda, mas a experiência traumática nas terceironas 2006 e 2007 fala mais alto que os números. 'A Série C é a desvalorização de todo mundo. Do profissional, do clube e do torcedor. Poucos jogadores têm mercado para sair da Série C', anuncia o volante, última temporada da competição pelo Bahia, ano passado.
SEM RETORNO- Aos desavisados, um alerta: dinheiro na Série C, nem pensar. Não há cota de televisão. Aliás, a TV sequer se arrisca por lá antes da fase decisiva. Este ano, o Sportv acertou pagar R$240 mil, a serem divididos entre os oito finalistas. Mais nada. Os patrocinadores resistema associar sua marca a clube decadente. Nem adianta reclamar de salário atrasado.
Treinador aposta nos experientes
Ferdinando Teixeira anunciou a 'falência do modelo'. 'Não deu certo. Vou mexer nos três setores. Agora é hora das cobras criadas'. Série C batendo à porta, jogam os mais rodados. Mas como lidar com o segundo mês de salário atrasado vencendo dia 5, sem perspectiva de pagamento? 'Já subi time da B para A assim, mas tinha bicho gordo para segurar as pontas', recorda. Mas admite: 'Fico mais à vontade para cobrar quando o salário está em dia'.
Fonte: Correio da Bahia.
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