segunda-feira, outubro 13, 2008

(Maranhense) - Clubes de futebol estão todos no prejuízo.

Com a temporada 2008 chegando à reta final, e com muitos clubes sem maiores pretensões no Campeonato Estadual, dirigentes já contabilizam os prejuízos. O IMPARCIAL apurou que o déficit tem média superior a R$ 500 mil entre as equipes grandes. Uma das causas apontadas para o fracasso é a falta de público nos estádios, que além de tornar os jogos deficitários, desestimula os patrocinadores.

SAMPAIO
O Sampaio Corrêa foi um dos clubes que mais investiu nesta temporada, e que teve maior prejuízo. O deficit chega a mais de meio milhão de reais,ou seja, R$ 550 mil até setembro, devendo chegar próximo a R$ 1 milhão até novembro.

A folha salarial, segundo o presidente Sérgio Frota, é de R$ 120 mil por mês. Apenas duas empresas locais ajudam o clube com R$ 30 mil. “O Sampaio ainda tem mais três meses pela frente, que somados chegam a R$ 360 mil e não teremos mais de R$ 30 mil de receita na bilheteria. Assim é difícil fazer futebol no Maranhão”, reclama.

O Tricolor realizou 29 partidas em São Luís. Colocou 106.148 mil pessoas no Estádio Nhozinho Santos, com uma média de 3.600 torcedores por jogo, arrecadando R$ 695.969 de renda bruta. Após os descontos de 5% da Federação Maranhense de Futebol, FMF, 2,5% da Aclem e uma taxa de 10% pelo aluguel do campo, a renda líquida ficou quase pela metade, R$ 397.459,26 mil.
De acordo com o diretor financeiro Batista Oliveira, o Sampaio ficou com cerca de um terço do primeiro valor, pois ainda acertou as pendências de regularização, transferências e INSS, o que restou R$ 175.054 para os cofres do clube.

O prejuízo que as competições locais deram ao Sampaio é tão evidente que o clube teve que, literalmente, pagar para jogar contra o Chapadinha na última rodada. Com uma renda de R$ 3100 mil, o que sobrou para os cofres do time foi uma dívida de R$ 204, além dos R$ 3000 mil que foram gastos com hospedagem e alimentação na concentração que o grupo fez antes da partida.

MOTO CLUB
O Moto é outro clube que só teve prejuízos. O diretor Alim Maluf Filho disse que raramente os cofres do clube arrecadam alguma coisa após uma partida. Somente no Superclássico com o seu maior rival, o Sampaio Corrêa, que é bem pequeno diante das temporadas passadas sobra alguns trocados. “O futebol maranhense há muito tempo e cada ano piora”, alerta.

O Rubro-Negro tem a ajuda de cinco empresas, mas uma delas arca com a maior parte dos custos de folha salarial, viagens, alimentação e hospedagem, que chegam a R$ 105 mil por mês sem retorno aos cofres do clube, em 10 meses de atividade.

Alim não soube e também podem chegar aos R$ 500 mil, pois vários colaboradores estão desistindo de ajudar o Moto, que pode ter sérios problemas para a próxima temporada. “É uma desorganização total esse futebol no Maranhão, que não tem mais credibilidade. Não sei como os dirigentes estão agüentando. O lucro é muito pequeno, quando tem. O Moto tem ajuda, mas não tem receita. Com tanta desorganização nesse futebl, acho que vou sair”.

IMPERATRIZ
O Cavalo de Aço foi um dos que mais sofreram prejuízos em 2008. Além de ficar com um grupo reduzido no final do Campeonato Estadual, apenas 17 jogadores, também deixou de jogar em seu estádio, o Frei Epânio D’Abadia, que entrou em reforma durante toda a competição. A diretoria teve que arcar com cerca de R$ 80 mil mensais durante seis meses, gerando um déficit aos cofres colorados de R$ 480 mil.

Com todas as dificuldades, o Cavalo de Aço está ameaçado de não participar da Taça Cidade de São Luís, pois ainda não recebeu o estádio e não tem data para a entrega.
Fonte: O Imparcial.

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