Dia 3 de abril é a data limite para inscrições de atletas para a fase final do Baiano. O Esquadrão de Aço, representado principalmente pelo esforçado técnico Paulo Comelli – já que o diretor de futebol do clube, Ruy Accioly, tirou licença de dez dias e foi com a família para a Europa –, busca com urgência reforços pelo País.
O primeiro contratado da nova safra e 11º do ano vem do Rio Grande do Sul, mais precisamente da cidade interiorana de Novo Hamburgo. Trata-se do tão aguardado meia direita, que Comelli pede desde o início da competição e chega nesta terça feira, 25, à tarde. Segundo o treinador, o jogador tem boas referências, mas, pelas suas palavras, percebe-se que está longe do que ele desejava. “Tenho um amigo no Rio Grande do Sul que fez uma lista de jogadores de acordo com o que precisávamos. Fechamos em dois meias, mas um está em um time que avançou à segunda fase do Estadual. O outro é o Cléverson”, disse ele.
Nascido na gaúcha Cachoeiro do Sul, Cléverson Rosário dos Santos tem 24 anos e começou a carreira no São José, time da sua cidade natal. Em 2005, chegou ao Novo Hamburgo, onde se destacou e conseguiu transferência para o Atlético Paranaense. Contusões o atrapalharam nos quase dois anos em que defendeu o Furacão, mas, mesmo assim, conseguiu contrato com outro grande clube: o Fortaleza. Mais uma vez não foi bem e acabou dispensado. De volta a Novo Hamburgo neste ano, o meia fez cinco gols e é o artilheiro do time no Gauchão. Porém, sua equipe não se classificou, o que foi decisivo para sua vinda.
O técnico tricolor nunca trabalhou com Cléverson e só o viu atuar pela televisão. Diante das escassas informações, a reportagem de ATEC foi buscar na imprensa de Novo Hamburgo as características do atleta.
O editor de esportes do Jornal NH, José Roberto Diehl, não poupou elogios. “É um rapaz que jogou bem por aqui. Tem uma qualidade técnica bem destacada. É aquele tipo de jogador abusadinho, que dribla fácil e vai pra cima. Ele tem uma deficiência no chute, mas melhorou, afinal, é o artilheiro da equipe”, analisou.
Mas Diehl não deu só boas referências. Ele atentou para duas lesões no tornozelo que vêm incomodando Cléverson e para a justificativa do meia para sua passagem apagada pelo Fortaleza: “Ele morava na beira-mar, no Mucuripe, e não gostou de lá. Disse que era muito quente”. Na Bahia, frio ele não vai encontrar.
ESPECULAÇÕES – Bastante aberto para conversas, Comelli falou sobre nomes que podem aparecer no tricolor para a disputa da Série B, mas dificilmente para o Baiano.
Um dos especulados é o meia Ricardinho, que está no Paulista. “Já passou pelo Palmeiras, ganha R$ 35 mil”, conformou-se o técnico. A pergunta foi inevitável: “Isso é muito para o Bahia?”. Comelli não agüentou, caiu na gargalhada e disse que o maior salário do time é de R$ 20 mil.
Outro meia que tem se destacado no Paulistão é Xuxa, do Mirassol, mas com esse o técnico já trabalhou e é cético: “Não é tudo isso que vocês pensam”.
No Ituano, os bolas da vez são o meia Vinicius e o atacante Alex Afonso, que pertencem ao Palmeiras. O segundo vai para o futebol norte-americano, mas o primeiro pode pintar no Fazendão até no quadrangular final.
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