O tour pelas cidades de Patos-PB e Linhares-ES pode assegurar o Bahia entre os 16 melhores da Série C do Campeonato Brasileiro.
É possível até que o time retorne a Salvador como irrevogável líder do Grupo 19 - para apenas cumprir tabela no encerramento desta segunda fase, dia 2 de setembro, na Fonte Nova.
Certeza de festa nas arquibancadas, ampliada porque o clube está de volta ao programa Sua Nota É um Show. Depois da paralisação ao final do Campeonato Baiano, o torcedor poderá trocar cupons e notas fiscais por ingressos justo a partir do jogo contra o Atlético-PB. E quem sabe aumentar a média de 29.362 presentes por partida na terceirona, a maior em todas as divisões do Campeonato Brasileiro.
Tem gente sonhando com a Fonte Nova lotada desde já. “Tinha jogado com 32 mil pessoas pelo Treze-PB, mas 36 mil (Bahia 2x0 Nacional) foi o recorde. Imagino como será com 60 mil torcedores”, voou Alison. Vôo rasteiro, com os pés bem presos no chão. O zagueiro sabe que, antes de pensar nos jogos em casa, é preciso manter o foco nos confrontos contra Nacional-PB e Linhares-ES, domingo (26) e quarta-feira (29), respectivamente.
Escalação - O time está praticamente definido e resta ao técnico Arturzinho aparar arestas. Carlos Alberto treinou normalmente na tarde de ontem e acabou com o improviso de Marcone na lateral-direita. O volante volta a brigar pela vaga do suspenso Fausto no meio-campo, mas tudo indica que Humberto será mesmo o companheiro de Emerson Cris.
Para a vaga do atacante Moré, com uma inflamação na cartilagem do joelho, Charles é barbada na bolsa de apostas. Ainda mais porque Arturzinho reforçou sua convicção quanto ao que espera dos homens de frente. “Primeiro, levo em conta a produtividade.
Mas é claro que opto pelo jogador que marca gols”, advertiu.
Inofensivo em nove partidas até agora, Neto Potiguar fica mesmo como possibilidade para o segundo tempo.
No coletivo, o time teve Márcio, Carlos Alberto, Alison, Eduardo e Adilson; Humberto, Emerson Cris, Cléber e Danilo Rios; Charles e Nonato. As novidades foram os retornos de Danilo Gomes e Luciano Baiano. os dois treinaram entre os reservas, mas ganharam alguns minutos na equipe principal.
Depois de recuperado do problema recorrente no joelho, Luciano Baiano garante estar em condições de atuar domingo. “Agora eu quero é jogar. Se o Artur me colocar no grupo, estou à disposição”. O lateral admitiu que pensou em largar o futebol em várias oportunidades. “É difícil conviver com isso. A gente pensa mesmo. Mas tenho me sentido bem e espero retornar logo”.
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Sistema de venda inibe cambistas
Parte da torcida tem reclamado das filas intermináveis e do protocolo para adquirir a meia-entrada. O novo sistema informatizado não permite a venda duplicada de ingressos por carteira de estudante, porque registra o número do RG do comprador – medida que inibe a ação dos cambistas. O problema é que o formato também complica o ato da compra.
Cada estudante é obrigado a comparecer pessoalmente à bilheteria 4 da Fonte Nova e comprar seu ingresso.
Representantes legais no momento de conseguir a meia-entrada, só os pais. Com apenas um guichê habilitado, as filas são inevitáveis. O Bahia se defende alegando que a expansão da venda a outras bilheterias custaria R$30 mil.
A possibilidade não está descartada, mas só se o clube retornar à Série B em 2008. Enquanto isso, a diretoria comemora o sucesso do sistema, que conseguiu aumentar indiretamente a arrecadação média por torcedor no estádio. Menos cambistas com meia é igual a mais torcedores comprando inteira.
Para efeito comparativo, os 30.434 ingressos vendidos na partida Bahia 2x0 Paulista, no Brasileiro 2004, renderam R$188.402,50 brutos. No primeiro jogo com portões abertos na terceirona 2007 – justo quando o sistema entrou em vigor –, os 30.943 pagantes geraram R$271.400. Isso porque a arrecadação saltou de R$6,19 para R$8,77 por ingresso. Mas o número será certamente abalado, porque o programa Sua Nota É um Show paga apenas R$4 por ingresso. (ER)
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