segunda-feira, agosto 20, 2007

Goleiro do Vitória posa nu para revista gay

Logo depois de terminar o treino no Vitória e tomar uma chuveirada, Rafael Córdova deixa a conversa fluir com bom humor. O goleiro goza do status de líder no grupo de jogadores e se mostra reservado nas entrevistas, embora definitivamente tenha liberado as brincadeiras no vestiário quando assinou contrato com a G Magazine, revista de nu masculino e reportagens voltadas para o público homossexual. “Joãozinho e Sandro falaram que iam comprar para me ajudar (risos). Disseram que não vão nem ver, mas distribuir para os outros e ficar me sacaneando (risos)”.

O atleta foi titular do Vitória em 32 partidas desde a temporada passada. Com 1,94m de altura, 96kg, olhos verdes, 13 tatuagens e piercing, também é candidato a sucesso de vendas da publicação, a partir de setembro. Ele diz que gosta de se cuidar, como os homens deveriam fazer por regra e não apenas para agradar mulher ou namorada. “Eu gosto de ir ao cabeleireiro, usar uma roupa de grife. Seria bom mais pessoas fazerem isto para o Brasil ficar mais bonito”.

O recorde de 112 mil exemplares da G Magazine pertence a Vampeta, primeiro jogador de futebol a posar nu, em janeiro de 1999. “Jogador de futebol e esportista são perfis que agradam ao público”, admite a assessora de imprensa da revista, Vavi Zalla. “Rafael é um dos jogadores mais bonitos que já vimos”, endossa o produtor do ensaio, Klifit Pugini.

Mesmo assim, ou talvez por isto, a G Magazine deixou recentemente o público carente, na seca. Desde agosto de 2005, não publicava na capa produto nacional altamente desejado na Europa. “Liguei para o Fabiano (também goleiro) para saber como era a situação. Ele me disse que foi com a mulher, era algo muito profissional. Disse que isto de dizer baixo-astral era por desconhecimento do público. Tudo foi artístico”.

Este deleite recente tornou pública a intimidade de modelos, dançarinos e ex-integrantes de reality shows. Mas a fase de chuteiras, gramados e toalhas em vestiário aponta retorno triunfal do padrão. Uma excitação coletiva roça a edição comemorativa de dez anos. “Esperávamos boa repercussão na mídia, mas está superando”, confessa Klifit, também editor de casting.

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