terça-feira, janeiro 09, 2007

Presidente da FPF rebate críticas à bola do estadual


Maltratada com os pés algumas vezes, a principal protagonista do futebol está sofrendo agressões verbais. De todos os lados. Atletas dos três clubes da capital estão insatisfeitos com ela, a bola. No caso, da marca Dray, produzida em Santa Catarina e escolhida para o Campeonato Pernambucano. Menor, pesada, murcha, escorregadia. Adjetivos não faltam para desqualificar quem espera, dos jogadores, carinho e zelo dentro dos gramados. Taxativo em sua avaliação inicial, o meia Fumagalli, do Sport, demonstrou saudade da antiga pelota. "É muito ruim. A do ano passado era bem melhor", destaca, reclamando de tantas mudanças ao longo do ano. "A bola do Campeonato Pernambucano é uma, da Copa do Brasil é outra, do Brasileiro é outra. Isso complica um pouco", afirma. Quem sabe preocupado com a reação de quem trouxe tanta felicidade em 2005, Fumagalli suaviza o discurso no final. "É mais uma questão de costume", conclui. Cuidado com o "sentimento da redonda", também tem o atacante Kuki, do Náutico. "Não vou falar para nãocomplicar. Não adianta mesmo. Só sei que a gente vai ter que se acostumar", afirma. O destrato ficou por conta do prata-da-casa Thiago Laranjeira e do goleiro Gléguer. "Ela escorrega bem mais que as outras mais conhecidas. Quando bate no chão, não quica e sim escorrega. Fica difícil de dominar", avalia o meia. "Essa bola é meio esquisita. Ela tem uma espécie de camada plástica envolvendo e escorrega muito. Se chover, por exemplo, vai ser bastante complicado", declara o goleiro.E nem mesmo quem a tratou mal na última temporada ameniza. No Santa Cruz, o descontentamento é geral. "Ela não me agradou. Tem alguma coisa nela que atrapalha. Não sei se é o peso, se é a textura. Enfim, não me convenceu", ataca o zagueiro Adriano. Sidrailson é outro que vê com desconfiança a bola que será usada neste Estadual. "Já comparei com a anterior. Ela é menor. Eu senti diferença principalmente quando tentei cabecear no amistoso que fizemos. Eu achei que ela está mais leve. Ainda bem que ela será a mesma para todos", diz. Defesa - No meio de tantos impropérios, coube ao presidente da Federação Pernambucana de Futebol (FPF), Carlos Alberto Oliveira, o único afago. "É uma bola muito boa. Quando eu coloquei a Penalty, todos também reclamaram. É sempre assim", destacou o dirigente. Segundo ele, a troca aconteceu porque o contrato com a Penalty encerrou no ano passado. A escolha da Dray foi do próprio Carlos Alberto. "Os jogadores querem Nike. Mas tem que ser uma bola acessível a todos os clubes", justifica. Ela, a bola, agradece. Tanto a preferência quanto ao carinho dispensado.

0 comentários: