Com três meses de duração, o Campeonato Pernambucano deste ano terá um custo de R$ 5,115 milhões de reais, referentes apenas às folhas de pagamento dos dez participantes. O número impressiona, principalmente porque apenas Sport e Náutico receberão cotas de transmissão dos jogos o ano inteiro (pela Série A do Brasileirão). Além disso, a promoção Todos com a Nota, do governo do estado e que substituirá o Futebol Solidário, só entrará em vigor no 2º turno, o que significa menos receita para os clubes. No entanto, o abismo que separa os três grandes clubes do Recife e os times do interior fica claro com montante que será custeado pelo trio: R$ 3,99 milhões, nada mais nada menos que 78% do total.A disparidade pode ser medida, por exemplo, entre o salário do meia Fumagalli, que renovou com o Leão por R$ 40 mil mensais, e a folha da estreante equipe do Belo Jardim, que irá gastar apenas R$ 25 mil com os 28 jogadores do elenco. O Sport, aliás, é quem está contando com o maior aporte financeiro no Pernambucano. O Rubro-Negro vai receber cerca de R$ 11 milhões em 2007 pela cota de transmissão dos jogos da Série A. Só que parte da receita, porém, já foi utilizada para amortizar dívidas e premiações pelo acesso. Mesmo assim, não é de se estranhar os R$ 600 mil que serão gastos mensalmente no Leão. .Mesmo com uma cota menor, o Náutico começou a colher os frutos pelo acesso já no Estadual. O Timbu irá pagar a sua maior folha desde o início do Plano Real, no dia 1º de julho de 1994. Com a contratação de jogadores como o zagueiro Índio e o atacante Beto, além dos estrangeiros Escalona e Acosta, a direção do Náutico elevou os gastos com salários para R$ 480 mil. Nem mesmo nas campanhas dos títulos pernambucanos de 2001, 2002 e 2004 se gastou tanto. E, segundo o presidente alvirrubro Ricardo Valois, outros jogadores poderão ser contratados até o início do Brasileirão, aumentando as despesas."No ano passado, a folha ficou em R$ 480 mil na reta final da Serie B. Agora nós iremos precisar de uma reposta da torcida na campanha desócios para deixar as contas equilibradas", disse o dirigente, que acredita em dez mil adesões no quatro de sócios. Já o Santa Cruz, após a bonança financeira no início de 2006 - também proporcionada pelas cotas da TV - começou o ano com a "modesta" folha de R$ 250 mil, com teto salarial de R$ 20 mil. Quem também deverá correr atrás de fontes de receitas para bancar o elenco será a diretoria do Central, que terá a maior folha entre os clubes do interior: R$ 100 mil (o dobro do ano passado).Contando com o incentivo de patrocínios de empresas de Caruaru, além da Prefeitura - motivado pelo aniversário de 150 anos de Caruaru -, o clube contratou uma série de jogadores conhecidos do futebol pernambucano, como o destaque para o lateral Russo (com passagem pela Seleção. Os outros clubes seguem se virando como podem, conseguindo ajuda de comerciantes locais. A exceção é o Porto, que ainda consegue gerar recursos com a venda de atletas formados no Ninho do Gavião.Folha de pagamento dos clubes pernambucanosSport - R$ 600 milNáutico - R$ 480 milSanta Cruz - R$ 250 mil4º Central R$ 100 mil5º Serrano R$ 60 mil6º Cabense R$ 60 mil 7º Ypiranga R$ 50 mil 8º Porto R$ 40 mil 9º Vera Cruz R$ 40 mil 10º Belo Jardim R$ 25 milTotal R$ 375 mil
quarta-feira, janeiro 10, 2007
Clubes pernambucanos gastam mais de R$ 5 milhões
às 14:10
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1 comentários:
O dilema é como investir bem num mercado onde pipocam craques. O certo é que os clubes deveriam investir mais nas categoria de base e formar atletas para tentar assim, diminuir os volumosos gastos com contratações.
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