Sangue cearense na conquista inédita do Inter/RS

Para chegar à conquista inédita do Campeonato Mundial de Clubes da Fifa, o Internacional contou com “sangue cearense” nas suas fileiras. O atacante Iarley (natural de Quixeramobim), o zagueiro reserva Ediglê (de Fortaleza) e o lateral direito Ceará (de Crato) nasceram em terras alencarinas. No seu elenco, o Colorado tem ainda Pinga, que, aos 14 anos, abandonou as categorias de base do Ceará Sporting para brilhar em outros países. Hoje, com 25 anos, ele integra o elenco do Inter, embora não tenha viajado ao Japão.Além deles, um outro conhecido no nosso futebol brilhou em terras nipônicas: o goleiro Clemer que é maranhense e, no início da carreira, defendeu o Ferroviário. Ontem, ele fez defesas fundamentais, como numa bomba desferida por Deco de fora da área, que tinha “endereço certo”.MELHOR DO MUNDO — É no mínimo irônico. Ronaldinho, o melhor jogador do mundo, foi parado pelo lateral-direito Ceará, um dos jogadores menos badalados do elenco do Inter. “Ele é o melhor lateral do mundo”, vibrou o técnico Abel Braga, deixando claro que aprovou a atuação de seu comandado.Não muito humilde, Ceará disse que sabia como parar Ronaldinho. “Sempre me perguntaram o que eu ia fazer. A resposta foi sempre que eu ficaria atento. Se você ficar ligado ao que ele faz em campo consegue marcá-lo”, explicou, fazendo parecer simples.O jogador, porém, retribuiu o elogio. Segundo ele, o treinador foi fundamental. “O Abel nos passou o que deveríamos fazer. Ele mostrou o jogo contra o Chelsea e vimos que o monstro não era tão feio assim”, frisou ."Eles tinham o objetivo de fechar bem os espaços e conseguiram fazer isso, e nós ainda tivemos um pouquinho de azar em alguns lances. Agora, é vencer o Liga dos Campeões e voltar para tentar outra vez no ano que vem." - Ronaldinho, do Barcelona.