Isolamento no interior paulista, treinos com portões fechados, muita conversa, escolha de porta-vozes no elenco e promessa de pagamento de dívidas.
Em momentos de tensão tudo vale. E num Fortaleza à beira do abismo a solução encontrada para escapar da delicada situação está em duas frentes: a cabeça e o bolso. O clube decidiu praticamente "blindar" o elenco nessa reta final de Série B, na tentativa de amenizar a pressão sobre um grupo que não consegue sair da zona de rebaixamento e insiste em tropeçar nas horas decisivas. De quebra, promete quitar o mês de salário em atraso e cogita pagar premiação caso o time escape da degola.
A principal medida para resguardar o elenco foi a realização de uma temporada de treinos em Itu (SP). Os tricolores embarcam na manhã de domingo para o interior paulista na preparação para o confronto diante do Santo André, no sábado (8 de novembro). A medida visa aliviar a pressão sobre os atletas. "Quando o jogador está em casa, saí na rua, ele fica sempre no foco dessa situação. Vê as notícias na televisão, lê no jornal. E essa é uma medida para manter os jogadores fora desse contexto", justifica o presidente leonino, Lúcio Bomfim.
O presidente se mostra consciente das dificuldades que o time encontrará, mas não perde as esperanças. "É difícil. Principalmente pelos dois tipos de jogos que fizemos (empate em casa por 2 a 2 com o lanterna CRB e derrota para o Marília por 1 a 0). Mas se pensarmos matematicamente, as nossas chances são boas", aponta Lúcio. O Leão ocupa o 18° lugar e foge do rebaixamento com três vitórias nos cinco jogos que restam.
A segunda medida para melhorar o aspecto psicológico foi muita conversa. Ontem, o elenco participou de duas reuniões, uma antes e outra depois do treino no estádio Presidente Vargas. O primeiro momento envolveu os atletas e a comissão técnica. "O Heriberto tentou passar que nada acabou e os jogadores se mostraram focados", declarou o preparador físico Joelton Urtiga.
A outra conversa foi com o principal patrocinador do clube, o proprietário da Santana Textiles, Raimundo Delfino. Ele se reuniu com os jogadores e garantiu o pagamento do salário de setembro até o próximo dia 10, quando vence o mês de outubro. "Eles (jogadores) tiveram a certeza de que todos os compromissos que foram acertados com o Fortaleza serão cumpridos", destacou Carlos Silva, o novo porta-voz da Santana no Tricolor. Carlos também se prontificou tentar intermediar o pagamento de uma premiação para os atletas em caso de permanência na Segundona.
Para completar a blindagem, ficou definido no papo que apenas quatro jogadores falarão pelo grupo daqui para a frente. Os "porta-vozes" são o goleiro Tiago Cardoso, o zagueiro Gaúcho, o meia Thiago Almeida e o atacante Rinaldo. É o Fortaleza se armando para a enfrentar dias críticos na história leonina. Resta saber se ainda há tempo.
E-Mais
Resguardado, o Fortaleza pediu para que o treinamento de ontem à tarde, no PV, fosse com os portões do estádios fechados para a torcida. "Foi melhor assim, apesar de não ter tido ninguém (torcedores) para protestar", declarou o administrador do estádio César Augusto.
A própria escolha do PV para o treino pegou a torcida e parte da imprensa de surpresa - muitos pensavam que o trabalho seria no Pici. A diretoria não confirma, mas a medida soou como forma de "driblar" possíveis protestos da torcida. Em tempo, poucos tricolores foram ao Pici.
O técnico Heriberto da Cunha não falou com a imprensa. Hoje, ele deve conceder entrevista coletiva.
Carlos Silva vai atuar como representante da Santana Textiles no comando tricolor e também como diretor de futebol, ao lado de Renan Vieira, enquanto o atual dirigente, Edilson José, segue afastado por motivo de saúde.
O Fortaleza permanece em Itu até a próxima quinta-feira. No dia seguinte, embarca para São Paulo e joga no sábado contra o Santo André, no ABC paulista.
Fonte|: O Povo.
Em momentos de tensão tudo vale. E num Fortaleza à beira do abismo a solução encontrada para escapar da delicada situação está em duas frentes: a cabeça e o bolso. O clube decidiu praticamente "blindar" o elenco nessa reta final de Série B, na tentativa de amenizar a pressão sobre um grupo que não consegue sair da zona de rebaixamento e insiste em tropeçar nas horas decisivas. De quebra, promete quitar o mês de salário em atraso e cogita pagar premiação caso o time escape da degola.
A principal medida para resguardar o elenco foi a realização de uma temporada de treinos em Itu (SP). Os tricolores embarcam na manhã de domingo para o interior paulista na preparação para o confronto diante do Santo André, no sábado (8 de novembro). A medida visa aliviar a pressão sobre os atletas. "Quando o jogador está em casa, saí na rua, ele fica sempre no foco dessa situação. Vê as notícias na televisão, lê no jornal. E essa é uma medida para manter os jogadores fora desse contexto", justifica o presidente leonino, Lúcio Bomfim.
O presidente se mostra consciente das dificuldades que o time encontrará, mas não perde as esperanças. "É difícil. Principalmente pelos dois tipos de jogos que fizemos (empate em casa por 2 a 2 com o lanterna CRB e derrota para o Marília por 1 a 0). Mas se pensarmos matematicamente, as nossas chances são boas", aponta Lúcio. O Leão ocupa o 18° lugar e foge do rebaixamento com três vitórias nos cinco jogos que restam.
A segunda medida para melhorar o aspecto psicológico foi muita conversa. Ontem, o elenco participou de duas reuniões, uma antes e outra depois do treino no estádio Presidente Vargas. O primeiro momento envolveu os atletas e a comissão técnica. "O Heriberto tentou passar que nada acabou e os jogadores se mostraram focados", declarou o preparador físico Joelton Urtiga.
A outra conversa foi com o principal patrocinador do clube, o proprietário da Santana Textiles, Raimundo Delfino. Ele se reuniu com os jogadores e garantiu o pagamento do salário de setembro até o próximo dia 10, quando vence o mês de outubro. "Eles (jogadores) tiveram a certeza de que todos os compromissos que foram acertados com o Fortaleza serão cumpridos", destacou Carlos Silva, o novo porta-voz da Santana no Tricolor. Carlos também se prontificou tentar intermediar o pagamento de uma premiação para os atletas em caso de permanência na Segundona.
Para completar a blindagem, ficou definido no papo que apenas quatro jogadores falarão pelo grupo daqui para a frente. Os "porta-vozes" são o goleiro Tiago Cardoso, o zagueiro Gaúcho, o meia Thiago Almeida e o atacante Rinaldo. É o Fortaleza se armando para a enfrentar dias críticos na história leonina. Resta saber se ainda há tempo.
E-Mais
Resguardado, o Fortaleza pediu para que o treinamento de ontem à tarde, no PV, fosse com os portões do estádios fechados para a torcida. "Foi melhor assim, apesar de não ter tido ninguém (torcedores) para protestar", declarou o administrador do estádio César Augusto.
A própria escolha do PV para o treino pegou a torcida e parte da imprensa de surpresa - muitos pensavam que o trabalho seria no Pici. A diretoria não confirma, mas a medida soou como forma de "driblar" possíveis protestos da torcida. Em tempo, poucos tricolores foram ao Pici.
O técnico Heriberto da Cunha não falou com a imprensa. Hoje, ele deve conceder entrevista coletiva.
Carlos Silva vai atuar como representante da Santana Textiles no comando tricolor e também como diretor de futebol, ao lado de Renan Vieira, enquanto o atual dirigente, Edilson José, segue afastado por motivo de saúde.
O Fortaleza permanece em Itu até a próxima quinta-feira. No dia seguinte, embarca para São Paulo e joga no sábado contra o Santo André, no ABC paulista.
Fonte|: O Povo.
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