quinta-feira, agosto 21, 2008

(Cearense) - Juninho: eu era intruso.

Depois de deixar o Fortaleza, o meia Juninho Cearense se disse decepcionado com o clube. A esposa do jogador divulgou carta para explicar a dispensa do marido. A versão do Leão é diferente.

A saída de Juninho Cearense parece ter deixado cicatrizes tanto nele quanto no Fortaleza. Na última terça-feira, ao saber que o marido estava fora dos planos do clube, a esposa do meia, Mayara Monteiro, publicou uma carta na comunidade oficial do Fortaleza, no site Orkut, para tentar esclarecer a situação. No texto, a diretoria tricolor é acusada de não ter cumprido com algumas promessas feitas ao jogador.

Segundo a carta, Juninho precisava ter sido operado ainda no Estadual, quando lesionou o tornozelo. "O tendão fibular saiu do lugar e ele precisava de uma cirurgia", escreve. "Lá no Fortaleza, eles achavam que podiam ser feitos tratamentos", lembra. "Ele procurou um especialista e foi operado pelo seu plano de saúde, sem o Fortaleza precisar gastar nenhum real", completa.

Nesse período, Juninho Cearense estava próximo de encerrar seu contrato e foi colocado no INSS para receber o salário (que caiu de R$5 para R$1 mil). "A promessa para ele era que assim que ele tivesse condições de jogo ele sairia do INSS", diz Mayara. A versão é confirmada pelo jogador. "Eles não me dispensaram. Eu estava sem contrato. Só que havia a promessa de que eu iria renovar quando estivesse bem da contusão", conta.

Para o jogador, o sentimento que fica é de ingratidão. "Você não espera que o clube que você jogou e até subiu para a Série A faça isso com você", confessa. "Fui avisado pelo massagista (que não poderia treinar mais). Parecia que eu era um intruso no clube", lembra Juninho Cearense, que já acertou contrato com o CRB.

Mas a decepção não está de um lado só. Segundo o diretor de Futebol, Edílson José, a esposa do jogador foi "infeliz no que disse". "Quando ele se machucou seu contrato só tinha mais um mês. Deixamos que ele treinasse para ter oportunidade. Se ele não estourou a culpa não foi minha", diz o dirigente, defendendo o fato de o jogador ter ido para o INSS. "O clube analisa caso a caso, mas é de direito. Depois de 15 dias o jogador pode ser mandado para o INSS", explica.
Fonte: O Povo.

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