A dificuldade em conseguir resultados diferentes de derrotas e a vontade de preservar o clube e a si próprio foram alguns dos motivos alegados pelo técnico Givanildo Oliveira ao explicar sua saída do Santa Cruz, na manhã desta segunda-feira (26), após mais uma derrota, desta vez para o Belo Jardim, lanterna do Campeonato Pernambucano e que ainda não havia vencido um só jogo. Para o agora ex-treinador coral, a corda foi esticada até o limite e desta vez não há como voltar atrás na decisão.
Givanildo também assumiu parte da culpa pelos insucessos, mas descartou a possibilidade de os jogadores não estarem assimilando suas determinações. "O primeiro culpado sou eu, que sou o comandante. Também tivemos erros de conjunto que fizeram com que o time perdesse mais que o normal. Quanto aos jogadores não assimilarem isso não existe. Simplesmente não encaixou", avaliou.
Ele disse que, ao entregar o cargo na penúltima rodada do primeiro turno, quando o Santa perdeu de virada para a Cabense, por 3x2 em pleno José do Rego Maciel, voltou atrás com o pedido da diretoria porque havia a Copa do Brasil e o segundo turno do Pernambucano para o time mostrar uma reação. "Você apaga tudo e quando chega na Copa do Brasil é eliminado logo de primeira. No primeiro jogo do segundo turno, perde e já sai correndo atrás. Deu para esticar um pouco a corda, mas agora é definitivo", destacou.
Givanildo também utilizou os números para sua justificativa. Ele lembrou dos três últimos jogos contra times do interior, quando o time perdeu para Central, Vera Cruz e o já citado jogo com o Cabense, além dos dois confrontos contra a Ulbra - derrotas por 2x0 e 2x1. "De nove jogos, vencer três e perder quatro é muito pouco. Nesse meio-tempo, nosso melhor resultado foi o empate com o Sport (1x1, na Ilha do Retiro)", disse.
O futuro do treinador deve ser mesmo o Pará, onde ele amealhou seu título mais importante: a Copa dos Campeões, pelo Paysandu, em 2002. Só que a bola da vez é o Remo, clube comandado pelo treinador pela última vez em 2004.
Para o Santa, o coordenador-técnico das divisões de base, Charles Muniz, assume a equipe oficialmente nesta terça-feira (27) e o presidente Édson Nogueira garante que ele será o treinador de forma definitiva.
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