Os incidentes provocados pelo confronto entre as torcidas Bamor e Falange Tricolor na Fonte Nova, domingo, antes e durante a partida Bahia e Fluminense de Feira, constarão em relatório elaborado pela Polícia Militar, a ser enviado a Ministério Público. O órgão ficará encarregado de tomar as providências legais. No confronto, sete torcedores ficaram feridos, um soldado sofreu corte no braço e dois carros foram atingidos por pedradas.
Duas bombas de fabricação caseira foram apreendidas com membros da Bamor. Seis representantes da organizada acabaram retidos na delegacia do menor infrator, nos Galés, e liberados mediante a presença dos pais. Um comunicado do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) dá conta de que sete pacientes foram atendidos no estádio e cinco deles foram removidos.
Quatro acabaram no 12º Centro de Saúde, com lesões na face e no couro cabeludo, e outro para o Hospital Geral do Estado (HGE). Este último chegou a ter crise convulsiva e passou por avaliação neurológica. Não houve óbitos. Outros dois torcedores passaram por avaliação médica, mas acabaram liberados no local. “Houve provocação por parte da Bamor. Inicialmente, eles estavam no portão 14, onde aconteceu o protesto (Público Zero). Depois, se deslocaram e se reagruparam no portão 4, por onde entrava a torcida do Fluminense, inclusive, acompanhada pela PM. Foi aí que houve o confronto”, resumiu o capitão Artur, responsável pelo policiamento do local no último domingo.
Nem por isso membros do protesto foram responsabilizados pelos atos de vandalismo. Chefe do Comando do Policiamento da Capital, o coronel Mascarenhas não acredita na possibilidade. “No primeiro jogo, não houve problemas, mesmo com o trio elétrico. Ninguém barrou a entrada de torcedores. Desta vez, houve esse confronto, mas acredito que nada tenha a ver com o movimento”.
Um dos representantes da união das oposições contra a situação tricolor, o advogado César Oliveira também defende o propósito pacífico do movimento. “Estávamos no Dique e os acontecimentos se deram no portão 4, na ladeira da Fonte das Pedras”, argumentou.
A Polícia explica que não pode precisar de onde vieram as pedras, mas, à princípio, a “munição” foi encontrada nas cercanias do estádio. Ainda assim, o coronel Mascarenhas garante que a PM enviou relatório recente ao Ministério Público informando algumas das reformas por que deve passar o estádio. “Sugerimos que haja, inclusive, uma consulta ao Crea (Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura). No jogo entre Bahia e Ipatinga, aqueles blocos de concreto foram retirados pela torcida”, analisou.
O fato provocou o fechamento de parte do anel superior da Fonte Nova e pode até acabar na interdição do estádio. “Isso já foi cogitado em reunião com Bobô, na Sudesb, mas não sei se será posto em prática. Estamos num período de análise (quanto à interdição parcial)”, lembra o coronel.
terça-feira, janeiro 23, 2007
Ministério Público vai apurar incidentes na Fonte Nova
às 13:47
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