segunda-feira, maio 11, 2009

(Pernambucano) - A batalha do Serra Dourada.

A derrota na estreia parecia inevitável, mas, na base da raça, o Náutico reagiu e arrancou um empate com o Goiás.

Era um jogo que parecia perdido. Não só pela desenvoltura do adversário, mas, principalmente, pela fragilidade do Náutico. Mas, quando já não se esperava, o Timbu surpreendeu. Com um poder de reação incrível, o alvirrubro arrancou um empate importante ontem diante do Goiás, no Estádio Serra Dourada, em Goiânia. Depois de estar perdendo por 3 x 1, o Náutico foi buscar o resultado com golaços de Carlinhos Bala e Gilmar. E trouxe um ponto crucial na bagagem de volta ao Recife. Dois ex-alvirrubros marcaram os gols do time esmeraldino: Felipe (duas vezes) e Júlio César. Asprilla abriu o marcador para o Timbu.

Agora, o Náutico terá uma semana pela frente para arrumar a casa, consertar os erros, que também não são poucos, e enfrentar o Cruzeiro, no próximo domingo, às 18h30, nos Aflitos. O empate com o Goiás também aliviou um pouco a pressão em cima do técnico Waldemar Lemos, que vinha tendo o seu trabalho bastante questionado depois da eliminação na Copa do Brasil para o Internacional.

Quando a bola começou a rolar, o Náutico mostrou as primeiras cartas de como seria sua forma de jogar: defendendo e explorando a velocidade de Anderson Lessa e Gilmar. Mas antes de fazer isso, o Timbu achou o gol. Asprilla completou um escanteio cobrado por Carlinhos Bala, aos 7 minutos.

Em vantagem no placar, o Timbu recuou demais. Passou a exercer um esquema suicida dando muito espaço para o adversário, que, com liberdade, jogou praticamente o restante da primeira etapa na intermediária alvirrubra. Estava nítido que, dificilmente, o Náutico iria segurar a pressão dos goianos. Jogando sempre nas costas do zagueiro Asprilla, que atuou improvisado na ala esquerda, o time esmeraldino criava suas principais chances de gols.

Reação - O ex-alvirrubro Felipe foi o nome do primeiro tempo. Fez um verdadeiro carnaval em cima de Asprilla. O empate seria uma questão de tempo. Aos 25 minutos, depois de falha feia de Gladstone, Felipe fez o gol de empate. Com uma marcação frouxa, o Náutico dava liberdade para o meia Júlio César e o volante Ramalhoarmar as principais jogadas ofensivas do adversário. Foi assim que o próprio Júlio César colocou o time goiano na frente, aos 39, acertando um chute cruzado.

Na segunda etapa, o Náutico voltou com outro espírito. Com Dinda no lugar de Sidny, o Timbu mostrou mais criatividade no seu meio-campo. A bola chegava mais fácil para os homens de frente. Porém, o Goiás ainda ampliou com Felipe, aos 11 minutos. Quando os alvirrubros pareciam entregues em campo foram buscar energia extra e surprenderam. Primeiro na excelente cobrança de falta de Bala, que diminuiu o marcador aos 18 minutos. Esse gol acordou o time. O Náutico saiu para o ataque e, na base da garra, e com o pé salvador de Gilmar, o Timbu empatou a partida que eleva a moral da equipe.

3 GOIÁS

Harlei; Leandro Euzébio, Gomes e Rafael Tolói; Fábio Bahia, Everton (Felipe Menezes), Ramalho, Zé Carlos (Amaral) e Júlio César; Iarley e Felipe. Técnico: Hélio dos Anjos

3 NÁUTICO

Eduardo; Sidny (Dinda), Gladstone, Vágner e Asprilla (Wellington); Derley, Galiardo, Jhonny e Carlinhos Bala; Gilmar e Anderson Lessa (A. Magrão). Técnico: Waldemar Lemos

Local: Estádio Serra Dourada. Árbitro: Jaílson Macedo de Freitas (BA). Assistentes: Belmiro da Silva (BA) e Luiz Carlos Silva Teixeira (BA). Gols: Felipe (2) e Júlio César (G); Asprilla, Bala e Gilmar (N). Cartões Amarelos: Gomes, Everton, Rafael Tolói e Amaral (G); Asprilla, Galiardo, Jhonny, Derley e Bala (N). Público e Renda: Não divulgados.

Fonte: Diario de Pernambuco.

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